domingo, 6 de novembro de 2011

Reunião com estudantes termina sem acordo

Um grupo de estudantes ocupa a Reitoria da Universidade há três dias. Eles reivindicam revogação do convênio firmado entre a USP e a Polícia Militar e o fim dos processos contra estudantes, professores e funcionários.


A reunião entre os estudantes que invadiram a reitoria da Universidade de São Paulo (USP) e representantes da instituição, ocorrida ontem, terminou sem acordo. Com isso, o grupo de alunos permanece no prédio da reitoria - o local está ocupado desde quarta-feira. Ontem, a Justiça determinou a reintegração de posse do imóvel. Os estudantes, no entanto, ainda não receberam o documento que solicitará a desocupação em 24 horas. Caso a reintegração não ocorra no prazo, a Justiça autorizou, como “medida extrema”, o uso de força policial.

A reitoria propôs na reunião a criação de grupo misto - de funcionários, professore e estudantes - para discutir os procedimentos da Polícia Militar dentro da USP, e a análise junto aos alunos dos processos administrativos que correm contra alguns funcionários e alunos. Os estudantes, porém, não aceitaram.

Eles reivindicam a revogação do convênio firmado entre a universidade e a Polícia Militar e o fim dos processos contra estudantes, professores e funcionários. A invasão da Reitoria começou por volta da 0h de quarta e foi realizada por um grupo descontente com a decisão da assembleia dos alunos de desocupar o prédio da administração da Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas (FFLCH) - invadido no dia 27 de outubro e desocupado na quinta-feira.
 
Confronto

A invasão na FFLCH teve início após confronto entre estudantes e policiais militares. A briga ocorreu após a PM deter três alunos que estariam fumando maconha dentro de um carro, no campus. Eles foram levados à delegacia e liberados em seguida. Os estudantes, no entanto, passaram a protestar pela saída da PM.

Esse foi o primeiro problema envolvendo policiais e universitários desde que a PM passou a fazer a segurança do campus, há quase dois meses. O convênio entre a corporação e a USP foi assinado para tentar reduzir a criminalidade no local.

O quê

ENTENDA A NOTÍCIA

Apesar dos pedidos de retirada da PM por parte de alguns alunos da USP, na terça-feira, um ato a favor da permanência da polícia no campus reuniu cerca de 300 pessoas na praça do Relógio, na Cidade Universitária. 



Morre adolescente baleado por colega de escola em Caucaia

Teve morte cerebral nesta sexta-feira, 4, o adolescente de 15 anos vítima de um tiro acidental efetuado por um colega de 17 anos. O acidente aconteceu nesta quinta-feira, 3, no município de Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza.

Segundo informações do Instituto José Frota (IJF), após uma bateria de exames, os médicos confirmaram que o garoto, baleado na cabeça, teve morte cerebral ainda na manhã de hoje.
 

O acidente aconteceu quando os dois jovens saíam da Escola Danilo Sá Benevides Magalhães, e o garoto de 17 anos sacou um revólver calibre 32 de dentro da mochila. Ao manusear a arma, o revólver acabou disparando e atingindo o adolescente Danilo Freitas de Lima na cabeça.

O garoto baleado teve de ser socorrido e encaminhado em estado grave ao Hospital Municipal de Caucaia. Já no início da tarde de ontem, a vítima foi transferida para o Instituto Doutor José Frota (IJF), no Centro da Capital.

Segundo informações do soldado Carneiro, do 12º Batalhão da PM de Caucaia, o adolescente acusado de efetuar o tiro fugiu do local após o acidente. Em conversa com a Polícia, familiares do garoto disseram que ele e a vítima eram amigos e que não têm dúvidas de que o disparo foi acidental. “Ninguém na família soube dizer como o menino conseguiu a arma”, completou o soldado.

Fonte: Jornal O Povo

II Conferência Estadual da Juventude do Ceará


Está acontecendo nos dias 04, 05 e 06 de novembro de 2011 a II Conferência Estadual da Juventude do Ceará.O Coordenador do Grupo de Trabalho em Segurança Pública para População da Juventude da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, Douglas Willyam, está representando o poder público na área de segurança pública.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Adolescente é atingido por tiro acidental disparado por colega.



Um adolescente de 15 anos foi baleado na cabeça, por volta das 11h30 desta quinta-feira, 3, vítima de um tiro acidental efetuado por um colega de 17 anos. O acidente aconteceu no município de Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza.

Segundo informações do soldado Carneiro, do 12º Batalhão da PM do município, os dois jovens saíam da Escola Danilo Sá Benevides Magalhães, quando o garoto de 17 anos sacou um revólver calibre 32 de dentro da mochila. Ao manusear a arma, o revólver acabou disparando e atingindo o adolescente Danilo Freitas de Lima na cabeça.

O garoto baleado teve de ser socorrido e encaminhado em estado grave ao Hospital Municipal de Caucaia. Já no início da tarde, a vítima foi transferida para o Instituto Doutor José Frota (IJF), no Centro da Capital.

Ainda de acordo com o soldado Carneiro, o adolescente acusado de efetuar o tiro fugiu do local após o acidente. Em conversa com a Polícia, familiares do garoto disseram que ele e a vítima eram amigos e que não têm dúvidas de que o disparo foi acidental. “Ninguém na família soube dizer como o menino conseguiu a arma”, completou o soldado.

Comunicar para Estigmatizar ou para Libertar?










A juventude vive diariamente uma ...exposição televisiva que tenta categorizá-la como problema para a sociedade. O problema é que não tomamos consciência que é essa juventude quem mais sente a violência, enquanto vitimas ou protagonistas da exposição diária apresentada nos noticiários da TV, comumente associada a uma imagem negativa.
O que a mídia cearense deveria aprofundar é o entendimento do que leva a uma sociedade, a exemplo da fortalezense, a viver uma situação diária de violência, antes de utilizar esses casos simplesmente como recurso de audiência. Os veículos de comunicação deveriam estimular a reflexão social de dados como os seguintes, apontados pela pesquisa Retratos da Fortaleza Jovem que diz que 56,7 % dos jovens de Fortaleza já perderam amigos ou parentes em mortes violentas e trágicas. Essa juventude vitimizada pela violência, como aponta a pesquisa, é essencialmente negra, pobre e do sexo masculino, ainda que tenhamos muitos casos de violência doméstica contra as mulheres jovens. É preciso entender que a simples exposição desses casos, sem a mínima reflexão ou aferição, novamente vitima a juventude, uma agressão com dotes de crueldade, injusta (do ponto de vista legal) e estereotipada, muito comum aos “programas policiais”. Nem o Estatuto da Criança de do Adolescente – ECA, é respeitado, no que diz, nas disposições preliminares do Art. 5º, que “nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais”.
Nesse sentido, expressamos mais uma vez à sociedade e aos órgãos públicos e privados relacionados ao campo da comunicação, nossa preocupação com o conteúdo dos programas policiais veiculados sistematicamente em nossa capital, que servem como instrumento para estigmatizar jovens. Ao invés de colaborarem com a solução do problema da violência, acabam por dificultar as estratégias de "re-inserção", praticadas na ação da sociedade civil organizada e dos governos.
Portanto, a juventude organizada de Fortaleza repudia essa apresentação deprimente do grupo e enquanto Conselho Municipal de Juventude – CMJ continuará buscando impulsionar transformações sociais coletivas e individuais na vida dos (as) jovens de nossa cidade, a partir da implementação das políticas publicas de juventude.
Com efeito, lançamos essa nota como forma de alertar os Programas de TV Policiais e autoridades competentes, com o intuito, de debater o tema “Juventude e Segurança Pública em Fortaleza”, combatendo formas de extermínio televisivo, tendo em vista a construção de uma postura transformadora frente ao problema.
Precisamos trabalhar numa ação conjunta: sociedade civil, poder público e veículos de comunicação para diminuição da letalidade juvenil. O primeiro passo para essa transformação é a valorização da juventude nos espaços midiáticos, assim como a inclusão destes como parceiros na divulgação dos seus trabalhos e ações, para a efetivação de fato, de sua apresentação enquanto sujeitos e cidadãos.

Conselho Municipal de Juventude de Fortaleza