Um grupo de estudantes ocupa a Reitoria da Universidade há três dias.
Eles reivindicam revogação do convênio firmado entre a USP e a Polícia
Militar e o fim dos processos contra estudantes, professores e
funcionários.
A reunião entre os estudantes que invadiram a
reitoria da Universidade de São Paulo (USP) e representantes da
instituição, ocorrida ontem, terminou sem acordo. Com isso, o grupo de
alunos permanece no prédio da reitoria - o local está ocupado desde
quarta-feira. Ontem, a Justiça determinou a reintegração de posse do
imóvel. Os estudantes, no entanto, ainda não receberam o documento que
solicitará a desocupação em 24 horas. Caso a reintegração não ocorra no
prazo, a Justiça autorizou, como “medida extrema”, o uso de força
policial.
A reitoria propôs na reunião a criação de grupo
misto - de funcionários, professore e estudantes - para discutir os
procedimentos da Polícia Militar dentro da USP, e a análise junto aos
alunos dos processos administrativos que correm contra alguns
funcionários e alunos. Os estudantes, porém, não aceitaram.
Eles
reivindicam a revogação do convênio firmado entre a universidade e a
Polícia Militar e o fim dos processos contra estudantes, professores e
funcionários. A invasão da Reitoria começou por volta da 0h de quarta e
foi realizada por um grupo descontente com a decisão da assembleia dos
alunos de desocupar o prédio da administração da Faculdade de Filosofia
Letras e Ciências Humanas (FFLCH) - invadido no dia 27 de outubro e
desocupado na quinta-feira.
Confronto
A
invasão na FFLCH teve início após confronto entre estudantes e
policiais militares. A briga ocorreu após a PM deter três alunos que
estariam fumando maconha dentro de um carro, no campus. Eles foram
levados à delegacia e liberados em seguida. Os estudantes, no entanto,
passaram a protestar pela saída da PM.
Esse foi o primeiro
problema envolvendo policiais e universitários desde que a PM passou a
fazer a segurança do campus, há quase dois meses. O convênio entre a
corporação e a USP foi assinado para tentar reduzir a criminalidade no
local.
O quê
ENTENDA A NOTÍCIA
Apesar
dos pedidos de retirada da PM por parte de alguns alunos da USP, na
terça-feira, um ato a favor da permanência da polícia no campus reuniu
cerca de 300 pessoas na praça do Relógio, na Cidade Universitária.
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